Memecoin baseada em criador do Baby Shark sofre colapso
Uma nova memecoin inspirada no sucesso “Baby Shark” acabou enfrentando problemas sérios recentemente. Na última quinta-feira, dia 25, a Pinkfong, a empresa por trás do famoso vídeo no YouTube, anunciou que não tinha qualquer ligação com esse token e que ele havia sido criado “sem autorização”.
A memecoin foi desenvolvida na rede do Story Protocol, que tem a proposta de gerenciar direitos de propriedade intelectual e permitir a criação de obras derivadas. No entanto, a Pinkfong afirmou que um mal-entendido entre as partes envolvidas gerou mais complicações do que realmente ajudou quem trabalha com a proteção desses direitos.
É bom lembrar que a Pinkfong não é somente uma raposa rosa, mas uma gigante do entretenimento sul-coreano com mais de 140 bilhões de visualizações em seus canais. O vídeo de “Baby Shark” é um fenômeno na internet, e quem não se lembra da famosa canção “doo doo doo doo doo doo”?
A situação ficou ainda mais confusa quando o Story Protocol disse, em uma postagem que foi retirada do ar, que os usuários poderiam “remixar e expandir” a propriedade intelectual da Pinkfong após a criação do token. Até mesmo o cofundador da plataforma, S.Y. Lee, parecia curioso sobre como essa colaboração poderia evoluir.
Logo após seu lançamento, a memecoin atraiu uma atenção intensa, com sua capitalização de mercado subindo de US$ 6,32 milhões para impressionantes US$ 519 milhões. Porém, não tardou para que surgissem dúvidas e investigações. A ferramenta de visualização de criptomoedas Bubblemaps apontou que uma parte significativa do fornecimento do token foi movimentada rapidamente, mas não achou nenhuma conexão clara com o Story Protocol.
O preço do token nativo do Story, que é a moeda principal da plataforma, também passou por uma montanha-russa. Ele caiu de US$ 12,91 para US$ 7,24 e estabilizou em torno de US$ 9,35, trouxe um clima de instabilidade para o mercado.
Vale destacar que, embora a Pinkfong tenha vínculos com outras memecoins em redes como Solana e BNB Chain, a nova memecoin que causou toda essa confusão surgiu sem o consentimento dela. O projeto mencionou que, ao tentar colaborar com um parceiro licenciado, descobriu que a licença não era válida. O problema surgiu porque a verificação da propriedade intelectual estava em andamento.
A IP World, a plataforma onde a memecoin estreou, comentou que a situação, embora frustrante, foi uma oportunidade de testar suas próprias salvaguardas. A confirmação do proprietário legítimo da propriedade intelectual é crucial e é o que vai definir se as taxas de criação poderão ser liberadas.
Essa reviravolta trouxe críticas ao Story Protocol entre alguns observadores da indústria. Mas a IP World foi clara em sua posição, destacando que a rede não estava envolvida nas questões de licenciamento. A empresa lamentou a confusão e a incerteza geradas pelo caso.